Queijo de ovelha

A maioria das pessoas que me conhece, sabe que eu tenho alergia a leite... alergia mesmo, não esse tipo de intolerância à lactose que muitas pessoas estão desenvolvendo ultimamente.

Minha alergia é à proteína do leite, se eu tomar ou comer qualquer coisa que tem leite, (sim, leite e seus derivados diversos), minha garganta fecha, eu fico inchada e paro de respirar.

Ela me acompanha desde que nasci, então basta ter um pouquinho de leite que eu já sinto na boca. Perguntar se isso ou aquilo tem leite, ler rótulos se tornou uma rotina na minha vida, leite de cabra nem pensar, causa o mesmo efeito, até que esses dias meu pai achou no mercado o tal queijo de ovelha!

Não, nunca comi queijo... provei uma vez aquele de nozinho porque estava morrendo de vontade e logo em seguida passei mal. Mas que comi, comi! rs

Meu pai chegou com esse queijo, pra mais uma vez, em 28 anos, fazermos um teste (vai que de ovelha não faz mal). Amo meu pai! :D

E não é que não fez mal mesmo!!!!

O cara é esse aqui, da marca Cedrense, meu pai achou no Big Boa Vista aqui em Curitiba, ele é salgadinho e tem um gosto mais fortinho, como não conheço queijos não sei com o que comparar, segundo meu marido tem gosto de provolone. Já comi puro, e finalmente, pela primeira vez na minha vida, derretido em uma pizza! Adeus pizzas sem queijo. (Todo mundo me acha bizarra por isso).

Como me empolguei com o negócio fui procurar mais informações sobre produtinhos a base de leite de ovelha na internet, e conheci o pessoal da Casa da Ovelha, que tem vários produtos e ainda os sem lactose, para os que são intolerantes. Iogurtes, molhos, outros tipos de queijos e até queijo de leite de vaca sem lactose, ou seja, dá pra fazer a festa! Eu já estou fazendo minha listinha para provar essas novidades (pra mim né).

Além disso tem muitas informações sobre as propriedades do leite de ovelha e quem pode consumir, achei ótimo!

Não é um queijo barato, essa bolinha aí saiu R$13,00, mas deve-se levar em conta que a ovinicultura no Brasil na maioria das vezes é usada para produzir lã e não leite, e existem os fatores técnicos ainda, pois, segundo os especialistas no negócio, existem raças específicas para cada tipo de produto de ovelha, ou seja, não adianta criar uma ovelhinha no quintal, tirar o leite dela e achar q vai bombar fazendo queijos.

Esse artigo aqui do pessoal da Unesp é bem interessante.

Em breve farei novos posts sobre isso.

Obrigada pai por encontrar esse queijinho pra mim!

Risoto de Camarão e Cogumelos

Essa receita infelizmente não deu pra tirar foto, ficou delicioso, eu e meu pai fizemos para umas 15 pessoas então vou tentar reduzir os ingredientes aqui para 4 pessoas aproximadamente.

Ingredientes:

500 gr de camarão médio limpo
Cogumelo Porto Belo fresco
Cogumelo Paris fresco
Shitake
Funghi Secci
(aproximadamente 100 a 200gr de cada um, do funghi pode ser menos, umas 50gr, se não achar os frescos pode usar champignon em conserva)
Alho Poró (um talo)
2 dentes de alho
1 cebola média
4 xícaras de arroz arbório
Caldo de legumes (aqueles de tablete mesmo)
Meio pacote de ervilhas congeladas
1 garrafa de vinho branco seco (1/2 pro risoto e 1/2 pra vc enquanto cozinha)
Manteiga
3 colheres de sopa de creme de leite
Sal a gosto


Preparo:

Ferva cerca de 2l de água com o caldo de legumes e reserve.
Coloque o funghi pra hidratar em uma xícara de vinho branco, se o shitake for seco hidrate no vinho também.
Tempere os camarões com sal, e dê uma leve fritada na manteiga, só pra dar uma rosada, não deixe cozinhar muito, tire da panela.
Na mesma manteiga dos camarões refogue os cogumelos (menos o funghi), se quiser pode adicionar mais manteiga, quando estiverem refogados tire da panela e reserve.
Adicione mais manteiga se precisar e comece fritando o alho até dourar, em seguida acrescente a cebola e alho poró, refogue até que fiquem um pouco murchos e adicione o arroz, sem lavar!

O arroz arbório é uma variedade de arroz italiano próprio para preparar risoto, deve ser cozido gradualmente para que vá liberando o amido e fique com a consistência mais cremosa. Quando cozido fica al dente no meio e cremoso por fora. É o mais fácil de encontrar nos mercados.
Se você quiser pode usar outras variações de arroz italiano, como o Carnaroli, que tem mais amido que os outros, demora mais para cozinhar mas fica mais al dente e o resultado é mais cremoso. E o Vialone Nano, cujo grão é menor e cozinha por igual, ideal para sabores delicados.
Eu optei pelo arbório justamente pela facilidade de encontrar.

Voltando... adicionado o arroz dê uma boa misturada e acrescente o vinho branco, não tenha dó, pode colocar bastante mesmo! Deixe ferver para começar a evaporar e vá acrescentando o caldo de legumes concha a concha e mexendo. Mexa sempre para que não grude no fundo.
Lá pela metade do cozimento coloque os camarões, os cogumelos (agora o funghi junto) e as ervilhas e continue acrescentando o caldo de legumes e mexendo, mexendo, mexendo....
Sempre prove o arroz para ver se está chegando ao ponto, lembre-se q o arroz arbório deve ficar al dente no meio e com consistência cremosa.
Quando achar que está se aproximando do final do cozimento acrescente o creme de leite e acerte o sal, deixe cozinhar por mais alguns minutos e pronto, só comer.

Considerações pessoais: Vinho branco pra acompanhar e fica ótimo com uma pimenta, daquelas q vc come pura. Não coloquei queijo parmesão porque não como, mas fique a vontade para colocar quanto quiser, só tome cuidado para o sabor do queijo não sobrepor os outros e também com o sal, porque o queijo já é salgado.